quarta-feira, 24 de março de 2010

Escolhe, pois, a vida...

João é um importante empresário. Mora em um apartamento de cobertura, na zona nobre da cidade.

Certa manhã João deu um longo beijo em sua esposa e fez em silêncio a sua oração matinal de agradecimento a Deus por sua vida, seu trabalho e suas realizações.

Após tomar café com a família, João levou os filhos para o colégio e, em seguida, foi para uma de suas empresas. Lá chegando, cumprimentou os funcionários com um belo sorriso no rosto.

João tinha muitas coisas para fazer aquele dia: contratos para assinar, decisões a tomar, reuniões com vários departamentos da empresa, contatos com fornecedores e clientes, mas a primeira coisa que disse para sua secretária foi:

- Calma, vamos fazer uma coisa de cada vez, sem estresse.

E assim foi. Na hora do almoço foi para casa curtir a família.

Ao retornar à empresa, ficou sabendo do excelente faturamento do mês. Mandou anunciar aos funcionários que todos receberiam uma gratificação salarial no mês seguinte.

Apesar da sua calma, ou talvez por causa dela, conseguiu resolver tudo que estava agendado para aquele dia. Como era sexta-feira, João foi ao supermercado e depois saiu com a família para jantar. Mais tarde foi dar uma palestra para estudantes, sobre motivação para vencer na vida.

Enquanto isso, num bairro mais pobre de outra cidade, vive Mário. Como fazia todas as sextas-feiras, foi para o bar jogar sinuca e beber com os amigos. Já chegou nervoso, pois ficara desempregado. Um amigo lhe ofereceu uma vaga de auxiliar de mecânico em sua oficina, mas ele recusou, alegando não gostar do tipo de trabalho.

Mário não tinha filhos e estava só. A sua terceira mulher havia saído de casa, pois estava cansada de ser espancada e de viver com um inútil. Ele estava morando de favor num quarto imundo no porão de uma casa.

Naquele dia, Mário bebeu mais do que de costume. Jogou e bebeu, até o dono do bar pedir para que se retirasse. Ele pediu para pendurar a conta, mas seu crédito havia acabado. Então armou tremenda confusão, obrigando o dono do bar a colocá-lo para fora.

Sentado na calçada, Mário chorava pensando na sua triste realidade e no que fez da sua vida. Foi quando chegou o seu único amigo, o mecânico, para levá-lo para casa e aliviar os efeitos da bebedeira.

Quando Mário já se sentia melhor, o amigo lhe perguntou:

- Diga-me, por favor, o que fez com que você chegasse até o fundo do poço desta maneira?

Mário então desabafou:

- A minha família. Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego nenhum. Tínhamos uma vida miserável. Quando minha mãe morreu doente, por falta de condições, eu saí de casa, revoltado com a vida e com o mundo. Tenho um irmão gêmeo chamado João, que também saiu de casa no mesmo dia, mas seguiu outro rumo. Nunca mais o vi. Deve estar vivendo como eu.

Enquanto isso, na outra cidade, João terminava sua palestra para os estudantes. Já estava se despedindo quando um aluno ergueu o braço e lhe fez a seguinte pergunta:

- Diga-me, por favor, o que fez com que o senhor chegasse até onde está hoje, um grande empresário e um grande ser humano?

João, emocionado, respondeu:

- A minha família. Meu pai foi um péssimo exemplo. Ele bebia, batia em minha mãe, não parava em emprego nenhum. Tínhamos uma vida miserável. Quando minha mãe morreu doente, por falta de condições, eu saí de casa, decidido a mudar de vida. Não queria aquela vida para mim e minha futura família. Tenho um irmão gêmeo, chamado Mário, que também saiu de casa no mesmo dia, mas seguiu outro rumo. Nunca mais o vi. Deve estar vivendo como eu.


"Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua semente" (Dt 30.19).

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